terça-feira, 14 de julho de 2015

8ª AULA 13/07/2015 CURSO APOMETRIA - CARIDADE E AMOR C/ CARLA



Caridade (lat caritate: Amor de Deus e do próximo. Benevolência, bom coração, compaixão. Beneficência, esmola.) é um termo derivante do latim caritas (afeto, amor), que tem origem no vocábulo grego chàris (graça). A caridade pode ser entendida como um sentimento ou uma ação altruísta de ajuda a alguém sem busca de qualquer recompensa.

A Doutrina Espírita entende a caridade como um dever moral de todo homem e que não se resume apenas ao auxílio material. No Livro dos Espíritos, item 886, Allan Kardec pergunta aos espíritos superiores:

"886. Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

Benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, perdão das ofensas." [4]

A caridade, portanto, reflete o princípio cristão fundamental de amor mútuo entre todos, independentemente da situação em que se encontrem, tendo aplicação no âmbito moral e material.

No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, que faz um estudo dos ensinos de Jesus, a comunicação do espírito identificado como Paulo, o apóstolo, dá um bom panorama de como a caridade deve ser encarada:

"Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor.
 
... Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa.



A LEI DO AMOR
 



Novamente Lázaro, o “ressuscitado” por Jesus, irmão de Marta e Maria, traz-nos uma mensagem sublime sobre a Lei Maior, a Lei Do Amor.
 
“O amor resume toda a Doutrina de Jesus, porque é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso realizado. No seu ponto de partida, o homem só tem instintos; mais avançado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado, tem sentimentos”.
 
Nessas frases, Lázaro resume de uma forma simples e sábia, toda a lei de evolução espiritual do homem.
 
O homem primitivo, Espírito encarnado, também primitivo, vindo dos chamados reinos inferiores, iniciando o desenvolvimento da razão e da sensibilidade, traz em si, todos os instintos básicos, necessários ao seu processo evolutivo.
 
À medida que vai evoluindo, através dos milênios, esses instintos vão se manifestando, juntamente com a inteligência, com a vontade e com a liberdade.
 
O homem passa a viver na busca das sensações que lhe trazem prazer, desprezando as que lhe são desagradáveis, ainda presos às percepções físicas.
 
E só bem mais tarde, começa a desenvolver uma sensibilidade espiritual, que lhe permite desenvolver sentimentos em relação ao próximo, não mais só em busca do prazer, dos seus interesses, mas também desejando oferecer algo bom e prazeroso ao outro.
 
Assim, os instintos, no decorrer de um longo processo evolutivo, atingirão um ponto em que estarão, nos Espíritos puros, totalmente sublimados, porque o Amor pleno, “o requinte do sentimento” se constituirá no Guia racional e sensível de todas as suas capacidades intelectuais e morais.
 
O homem caminha da animalidade para a angelitude, no “autoburilamento, libertando-se das paixões e adquirindo experiências superiores, sublimando as expressões do instinto no tempo em que desenvolve a inteligência e penetra nas potencialidades transcendentes da intuição.” *
 
 
Esse amor, que é a marca dos Espíritos puros, o qual estamos desenvolvendo em nós, ainda numa fase muito incipiente, quando estiver mais presente em maior número de pessoas da humanidade terrena, transformará a Terra em um mundo melhor, sem misérias, sem exclusão social, econômica, educacional e moral.
 
O autor escreve sobre a felicidade do que ama, verdadeiramente, “porque não conhece as angústias da alma, nem as do corpo”, visto que não pensa em si, mas nos que ama. “Seus pés são leves, e ele vive como transportado fora de si mesmo.”
 
“Quando Jesus pronunciou essa palavra divina – amor – fez estremecer os povos, e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo”.
 
 
Todos nós, habitantes da Terra, encarnados e desencarnados, estamos distantes do alvo a ser atingido, que é conquistar em si, o amor, o “requinte do sentimento”, mas estamos indo, em direção a essa conquista.
 
Escreve o autor que os homens que agem dominados pelos instintos, estão mais próximos do ponto de partida do que do de chegada.
 
Para prosseguir em direção ao alvo determinado por Deus, mas, de responsabilidade de cada um, segundo seu livre-arbítrio, necessário é vencer os instintos em favor dos sentimentos, ou seja, "aperfeiçoar estes, sufocando os germes latentes da matéria.”
 
Não é tarefa fácil, mas necessária, intransferível a outros, imprescindível à paz, à felicidade e ao progresso do ser.
 
“Os instintos são a germinação e os embriões dos sentimentos. Trazem consigo o progresso, assim como a bolota oculta o carvalho. Os seres menos adiantados são os que, libertando-se, lentamente, de sua crisálida, permanecem subjugados pelos instintos”.
 
Desenvolver os sentimentos nobres deve ser o objetivo de todo espiritualista, que confia na lei da evolução intelectual e moral, compreendendo que esse alvo depende do esforço atual, no aproveitamento maior que se possa fazer nesta existência.
 
Assim, o momento melhor para iniciar ou continuar nosso desenvolvimento moral, que é o crescimento do sentimento do amor em nós, é agora, é o momento presente, sempre.
 
 

 
AUTO AMOR
 

 

Jesus Cristo, indagado por um doutor da lei judaica sobre o maior mandamento, assim respondeu:“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Este é o maior e primeiro mandamento. E eis o segundo, que é semelhante a aquele: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas estão contidos nestes dois mandamentos”. Qual deles é o mais importante? Evidentemente que eles se interagem entre si, mas como se pode amar a Deus e ao próximo sem primeiro se amar?

Apenas um caminho: desenvolver crescentemente a nossa luz interior para que ela ocupe o espaço de sombra existente. A etapa inicial para a expansão da luz em nós é a aceitação. Aceitar os nossos sentimentos, desejos, ações, impulsos e pensamentos. Aceitar é entrar em contato sem reprimir. É criar uma conexão sem julgamento, uma vez que aceitação não significa condenação ou adesão passiva, mas entender, investigar e redirecionar esse patrimônio sem rigidez e desamor.


AMOR A FAMILIA



Ainda hoje encontramos dificuldades
para compreender
as palavras de Jesus. Buscamos
respostas distantes, quando na
realidade a misericórdia Divina nos permite
o exercício do amor e da caridade, no
próprio convívio familiar, junto daqueles que
nos cercam.
A Doutrina dos Espíritos consegue
nos explicar as verdadeiras necessidades de
aprendizado que fazem parte da nossa bagagem
espiritual, e que, pela reencarnação,
nos é permitido esse exercício através do
relacionamento familiar.
Quantas reencarnações teriam sido melhor
aproveitadas por nós, pelo simples cumprimento
do planejamento que acreditávamos
poder realizar enquanto encarnados.
Se ainda habitamos um mundo de Provas e
Expiações, é porque grandes são as nossas
dificuldades de trabalharmos as nossas relações
com os nossos desafetos; pendências
muitas vezes seculares, que somente próximos
e no meio familiar, poderemos avançar
no nosso aprendizado.
Somente o exercício do amor e da caridade,
em substituição ao ódio, ao orgulho, poderá
fazer de nós, criaturas melhores.

AMOR AO PRÓXIMO



Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

— Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão das ofensas.

Comentário de Kardec: O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, porque amar ao próximo é fazer-lhe todo o bem possível, que desejaríamos que nos fosse feito. Tal é o sentido das palavras de Jesus: “Amai-vos uns aos outros, como irmãos”.

A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola, mas abrange todas as relações com os nossos semelhantes, quer se trate de nossos inferiores, iguais ou superiores.





“Amai-vos sempre uns aos outros, como irmãos; prestai-vos mútuo auxílio, e que o amor do próximo não vos seja uma palavra vazia de sentido.” [1]

 



Podemos compreender a necessidade de amar o próximo como a nós mesmos como fazer aos outros aquilo que queríamos que os outros nos fizessem, conforme nos orienta Jesus. O amor em ação pelo Bem do próximo, em suas diversas facetas como o respeito, a tolerância, a cordialidade etc., consiste na caridade. Diversas passagens da Codificação Espírita detalham este mandamento, como, por exemplo, o capítulo XI da obra “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, intitulado “Amar o Próximo como a Si Mesmo”.

No item 4 do capítulo supracitado, encontramos as seguintes orientações de Allan Kardec a respeito do tema:

“‘Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós’, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. Com que direito exigiríamos dos nossos semelhantes melhor proceder, mais indulgência, mais benevolência e devotamento para conosco, do que os temos para com eles? A prática dessas máximas tende à destruição do egoísmo. Quando as adotarem para regra de conduta e para base de suas instituições, os homens compreenderão a verdadeira fraternidade e farão que entre eles reinem a paz e a justiça. Não mais haverá ódios, nem dissensões, mas, tão-somente, união, concórdia e benevolência mútua.”
 
 
DICAS DE LEITURAS :
 
 
 

 
 
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